Só lembranças restam de muitos que fizeram parte da minha vida
O contato virtual é um vestígio de tudo que representaram outrora
Tem sido em vão o esforço para ouvir suas vozes,
Tocar seus corpos,
Dividir as mesmas garrafas,
Relembrar as gafes que eram as nossas piadas favoritas
Hoje no presente não há fôlego ou interesse
De construir novos afetos ou inimigos
Não há desejo de popularizar os pensamentos
Externar opiniões, conhecimentos a visão do mundo e das artes
Hoje sou fruto maduro na árvore do meu passado
Carrego muitos “eus” embutidos
Alguns representados em fotografias precárias
Sou o mesmo para quem realmente me conhece ou conheceu
E estas pessoas resgatam algum “eu” hoje perdido
Na linha do tempo sou um espectro fragmentado com rastros que vão de 1977 até hoje
E lá atrás me vejo um garotinho sardento
De sandálias encardidas pela mistura de suor e poeira
Resultante de um longo dia de brincadeiras
Não lamento o tempo que passou
Ou das frustrações do que ou de quem não conquistei
A juventude ainda me acompanha
Mas estou ciente que o tempo não a congela
7 comentários:
Muito bom!!!
Mon poète.
parabéns pela visão!
ótimo texto!
Obrigado prima, que bom que gostou!
Até me emocionei lembrando dos amigos sempre presentes, das garrafas principalmente....rs.....e das piadas então, váááárias risadas. Sinto muita falta de qdo não existia o "virtual". Vc conseguiu descrever um pouco de todos nós. Excelente....parabéns!
Fico feliz em trazer reflexões com o que escrevo .
Obrigado Renta!
Ops!
Obrigado Renata!
Nossa Osmar!cada vez te adimiro mais,as suas poesias são lindas.
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