Sou um solitário sem fim
Da solidão sou o jardim
Sobre o solo fértil da minha epiderme
Inserem-se as raízes dos sentimentos que sozinho plantei
Sentimentos que nesse inverno,
Demonstram-se secos em galhos vazios
Galhos que florirão na próxima primavera
E se reproduzirão em outros que descansarão em suas sombras,
saborearão de seus frutos,
marcarão erroneamente seus nomes nos caules
Sou solitário sem fim
Desde o meu nascimento é assim
Laços desatados com facilidade
Não aprendi a dar nós de marinheiro
Os abraços que recebo duram menos que deveria
As visitas rápidas não chegam a incomodar
Dos grupos fechados me vejo de fora
Na roda de amigos não sou uma fração
Sou solitário sem fim
Tal solidão embrulharam pra mim
Papel de seda, fita vermelha
Elo único de uma corrente imaginária
Peça rara sem encaixes visíveis
Engrenagem à procura de uma máquina
Dos crimes sou testemunha e não cúmplice
Os segredos que sei ninguém me contou
As novidades o espelho indica
Minha sombra única seguidora
Que me abandona na ausência da luz
8 comentários:
Que profundo! Adorei. Lindo mesmo.
beijos Shi.
Velho . . . poesia bonita e triste
Mais a tristeza nos faz pensar a alegria nos ilude né !!! parabéns mais uma vez . . .
Abraço
Leonardo Cósz
tá mandando bem! é esse o caminho! do lado de cá, na torcida...
Vc é surpreendente,é tudo muito lindo por isso que tenho orgulho de tudo que faz,parabéns e continue brilhando!
Muito bom Sir Ormar, essa é forte:
Laços desatados com facilidade
Não aprendi a dar nós de marinheiro
Os abraços que recebo duram menos que deveria...
Fudido... to linkando seu blog na Cidade. Abraço irmão e saudades, apareça, uma breja de vez enquando pra alongar as memórias.
Linda e triste, mas não uma tristeza que incomoda. Amei.
Linda e triste, mas não uma tristeza que incomoda. Amei.
Obrigado Maria por ter comprendido o verdadeiro significado aqui expresso.
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